Sugestão para adoção de placas educativas nos novos cruzamentos elevados

A cidadania é construída através de bons exemplos. Infelizmente, os exemplos nem sempre são espontâneos. Eles dependem de lições, da educação, elementos que tornam naturais os nossos gestos. Deparei-me há pouco com uma cena, e imagino que ela não seja assim tão rara. Em uma das elevações entre as vias que foram recém-construídas, mais precisamente na avenida Faria Pereira, uma senhora vinha atravessando a antiga rodoviária em direção ao restaurante do Baixadinha. Ela aguardava no canteiro entre as vias, e quando um caminhão freou para que ela a atravessasse, outro veículo que descia ao lado, talvez não percebendo a situação (entre o motorista e a pedestre criou-se um ponto cego), quase resultou em um acidente. Uma fratura dói bem mais que o barulho de uma freada, porém esta última também proporciona traumas invisíveis. Bem sabemos, o pedestre é o grau mais frágil, mais vulnerável, na cadeia do trânsito. Ao mesmo tempo em que é louvável e intenção do senhor Prefeito em proporcionar estes acessos nas vias, é contrariamente confuso os sinais quando desarmônicos. Um automóvel, ao dar passagem ao pedestre, o estimula a atravessar. Porém, sem que haja uma cumplicidade do motorista que vem ao seu lado, isso pode trazer consequências trágicas. Uma sociedade também é fundamentada nos seus usos e costumes, e enquanto essa ideia de dar passagem não estiver disseminada entre todos os motoristas, é salutar que se adotem medidas que envolvam a conscientização. Em cidades de porte maior adota-se medidas mais drásticas, como a obrigação de frearem quando o pedestre pisa na faixa, tendo como consequência o pagamento de multas, para alcançar este fim. Penso ser esta solução um tanto impopular e desnecessária numa cidade da dimensão de Patrocínio. Venho por meio desta solicitar aos representantes da Câmara, que realizam até o momento um magnifico trabalho, que determinem a afixação nas áreas próximas a este cruzamentos, placas ou mensagens educativas, que advirtam os motoristas da necessidade de desacelerarem os seus veículos. E por fim, é sempre salutar lembrar: antes de tudo, somos todos pedestres. Lucas Favalli Barbosa Silva, cidadão e pedestre.